Uma enxurrada de reportagens, livros, blogs e afins pode ser encontrada facilmente com a pretensiosa lição de "como educar meninas". Não sou psicóloga, muito menos pedagoga. Mas, na condição de mãe de um casal, digo, com propriedade, que acho tudo isso uma grande besteira.
Não existem regras e métodos diferentes para cada sexo. Isso é ficar preso ao passado, é querer separar o mundo em gêneros. A questão é: como educar seres humanos, futuros cidadãos. Como educar filhos. E não como educar meninos ou meninas.
Sei, naturalmente, das diferenças naturais dos gêneros. Vejo essas diferenças aflorarem e se desenvolverem à medida que o meu casal de gêmeos cresce. Mas, muito mais que essas diferenças, vejo que ambos têm desejos, vontades, sonhos e necessidades. E tudo isso é maior do que qualquer especificação de gênero.
A educação é a mesma. Ambos têm o direito de aprender e, depois, fazer as suas próprias escolhas.
O filme abaixo é uma tentativa para estimular os pais a não desestimularem as suas filhas. Ele revela que a maioria das meninas se interessam genuinamente por ciência e matemática, mas que pouquíssimas desenvolvem habilidades na área das ciências exatas, em função da educação que, ainda hoje, muitos pais dão para suas filhas, separando o que "deveria" ser coisa de menino e coisa de menina.
Claro que sabemos que ainda vivemos numa sociedade machista, claro que vivenciamos a ditadura da beleza, especialmente para as mulheres, claro que eu também não estou imune a isso. Minha filha usa lacinho no cabelo, o meu filho não. Mas ambos brincam de boneca e jogam futebol. Ambos desenvolvem as suas habilidades e se ajudam. Não existe uma tarefa diferente para cada. E eles serão sempre estimulados a serem interessados, curiosos e confiantes. Pois a felicidade só se alcança em momentos de realização.
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