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9 de jun. de 2014

10 Dicas para se fazer respeitar


Sou mãe de primeira viagem e posso garantir que o MAIOR DESAFIO de uma mãe é educar! Ajudar um ser humano a se formar é muito exigente, pois tudo é fruto de nossas experiências e relações vividas. 

Li essa reportagem do site Educar para Crescer, que fala sobre a questão de "se fazer respeitar" e só reafirmo, dentro de mim, o que sinto: "Nós educamos pelo nosso exemplo". Nem sempre a criança vai se espelhar 100% em você, mas ela tenderá a se identificar sim e a partir daí criará sua própria personalidade. 

Eu e meu marido temos personalidades muito fortes, então, naturalmente, minha filha também tem. Vitória completará 5 anos em breve, mas já vivemos alguns momentos de tensão com ele, fruto dessa "personalidade" em construção. É muito exigente saber o que fazer, quando se é mãe de primeira viagem, mas tenho aprendido muito com ela. 

Concordo quando o texto do Educar para Crescer diz que,  "em primeiro lugar, é preciso fazer uma distinção: ter autoridade é bem diferente de ser autoritário". Bem diferente mesmo! Autoritários são aqueles pais que conseguem as coisas por meio da repressão, das brigas e, até pelo uso da violência, seja ela qual for. Ele pode até conseguir que o filho faça o que quer, mas certamente não conseguiu despertar o respeito dele e muito menos educar. Você está, na realidade, "dizendo"  seu filho que para ele conseguir as coisas, ele deve fazer assim, inclusive porque o EXEMPLO vale mais que MIL palavras. 

Por outro lado, os pais que têm autoridade são aqueles que estabelecem diálogos e combinados com os filhos e têm persistência para cobrar que eles sejam cumpridos. É muito importante manter e aplicar as consequências ou perderá credibilidade. 

Vejam algumas dicas dos especialistas para se fazer respeitar:


1. É de pequenino que se torce o pepino

Regras, limites e responsabilidades devem ser dados às crianças desde bem pequenas. "É preciso começar na primeira infância. Quanto mais tarde os pais deixam para começar a aplicar regras e dar limites, mais difícil é conseguir que as crianças obedeçam", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Desde os dois ou três anos as crianças já podem aprender tarefas como guardar seus próprios brinquedos depois de usá-los.

2. Seja amigo, mas não deixe de ser pai ou mãe
Você pode e deve ser amigo de seu filho, ouvir suas confidências, ser companheiro. Mas isso não significa que deve abrir mão de sua autoridade com ele. "Ser pai-amigo é diferente de ser apenas um amigo, alguém que está de igual para igual com a criança, que é um de seus pares. Pai-amigo é aquele que acolhe, mas que coloca limites também", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

3. Não seja autoritário, mas dê limites
"Educar é uma tarefa muito difícil, mas é fácil criar alguém propenso a ser um delinquente: basta ser muito autoritário ou não dar limite nenhum", diz a psicóloga clínica Rosana Augone, que há 27 anos presta serviços e dá palestras em escolas. Ser autoritário é se fazer obedecer por meio de ameaças, gritos ou violência. Isso não educa a criança. "Mas muitos pais, com medo de serem autoritários, acabam fazendo exatamente o contrário: não colocam quaisquer limites. E com isso, permitem que os filhos se tornem os autoritários, os tiranos da história", afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

4. Não faça todas as vontades de seu filho
Se fazer respeitar também significa mostrar para o filho que não são só as vontades dele que contam. "Vemos pais que cedem a tudo que os filhos querem: se a família decide sair para comer fora, a escolha do restaurante leva em conta só os desejos das crianças. No carro, só se ouvem as músicas que as crianças ou adolescentes desejam.

Crianças criadas assim tendem a crescer acreditando que só elas têm direitos e estão no comando", afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem compreender que dar tudo que a criança deseja não os torna mais "legais" ou melhores pais.

5. Seja firme até na hora da alimentação
A cena é conhecida de muitas mães: ela coloca o prato na mesa e o filho se recusa a comer, chorando, esperneando ou até mostrando ânsia de vômito. A mãe, com receio que o filho fique sem se alimentar, cede à pressão da criança e deixa que ele coma apenas o que deseja. "Também nessas horas os pais devem fazer valer sua autoridade. São os pais que sabem o que é melhor para alimentação da criança e não a criança que deve decidir o que comer. Não quis comer o almoço? Guarde o prato e diga que ela não comerá outra coisa até o jantar. A criança vai ficar com fome? Vai. E da próxima vez não se recusará a comer", diz a psicóloga clínica Rosana Augone.

6. Não ceda ao choro, birras e manhas
No Shopping Center, a criança pede um brinquedo novo. Os pais dizem que "não". A criança chora, se joga no chão, faz escândalo. "Está bem, pare com isso, vamos comprar", dizem os pais, envergonhados do escândalo público. "Pior que dizer "não" é voltar atrás e dizer "sim" para fazer com que o filho pare de chorar ou de fazer escândalo. Quem faz isso está ensinando que vale a pena fazer birra, chorar e gritar", diz a psicóloga clínica Rosana Augone. 

No processo educativo os pais vão se deparar com freqüência com choro, birras, manhas e escândalos das mais variadas naturezas. Nessas horas é preciso manter a firmeza: "Alguns pais se sentem mal por dizer não à criança quando ela quer alguma coisa. Mas saber dizer "não" é necessário. E mais necessário ainda é manter-se firme em sua decisão", afirma ela.

7. Seja persistente
Para conquistar o respeito de seu filho, é preciso ser persistente na tarefa de educar. "O que não pode é um dia, em que se está disposto, cobrar que o filho faça o que lhe é mandado e no outro, porque o pai está cansado ou não tem tempo, deixar para lá as desobediências ou quebras de regras", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). "Você já falou mil vezes e, ainda assim, todos os dias tem que mandar escovar os dentes? Sim, é seu papel repetir até a criança aprender e incorporar essa tarefa em sua rotina".

8. Saiba como estabelecer punições
Seu filho não arrumou o quarto como você pediu ou deixou de fazer o dever de casa? Estabeleça uma conseqüência, de acordo com a idade da criança. Para os pequenos, não adianta ameaçar dizendo que vai deixar um mês sem televisão se ele não arrumar a cama. "Para as crianças menores, os castigos e punições têm que ser curtos e aplicados na hora. No dia seguinte, ela já esqueceu o que se passou. E é preciso estabelecer punições que possam ser cumpridas. Não ameace aquilo que você não pode ou não vai fazer", orienta Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

9. Resolva conflitos longe da criança
O pai diz que "sim", mas a mãe acha que "não". Se o casal discorda sobre o que fazer diante de um pedido do filho ou de uma regra da casa, conversem reservadamente e longe da criança até chegar em um acordo. "O que não pode acontecer é brigar na frente da criança e um desautorizar o outro", afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Se o filho pede algo e um dos pais não está presente, diga à criança para esperar que os dois conversem e mais tarde dê a resposta à criança.

10. Dê o exemplo
Na sua casa criança não pode falar palavrão? Tem que comer salada? Tem que ajudar nas tarefas do lar? Então você precisa dar o exemplo, para mostrar a coerência entre o que você diz e o que você faz. "Autoridade é ensinar o filho a fazer não só o que você diz, mas o que você faz. Os pais são os modelos das crianças", diz a psicóloga clínica Rosana Augone.





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