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14 de mai. de 2014

Tema Livre


Se te dizem: “o tema é livre”, vem a insegurança de querer escolher o que dará o melhor texto. Se te dizem: “o tema é este”, ai meu Deus, mas justo este. Escrever é assim... o ser humano é assim... complicado!

Pois bem, pra mim caiu o “tema é livre”. Na mesma hora o desespero. E agora? Escrever sobre o quê?

Mas, ser mãe salva a gente até nessas horas, sim, porque ser mãe é uma benção em todos os instantes, em todas as situações, em todos os locais. E foi em um destes instantes de salvação que decidi escrever sobre a minha releitura através de minha filha Duda.

Era sábado de manhã e Duda estava super ansiosa pra sua apresentação na escola. Também pudera, ela passou o semestre todo ensaiando. A apresentação era um musical sobre a obra do grupo 14 Bis. Muita música, muita dança. Lindo demais. Não tirei os olhos de minha filha um só minuto. Reparei cada detalhe e assim viajei no tempo e retornei a minha infância. Pude ver o quanto minha filha é diferente de mim e o quanto eu a cobro, ainda que inconscientemente, para que ela seja igual. Quero que ela seja organizada, faça suas tarefas com perfeição, seja quieta e educada. Mas, de repente ali estava ela, assoviando, estalando os dedos, requebrando e cantando. Se apresentava com desenvoltura para uma platéia cheia. Não se encolheu, não se intimidou. Cresceu, fez e aconteceu. Bem diferente de mim. Ela é ela. Ela é única.

E fiquei ali pensando o quanto queremos que nossos filhos sejam o que traçamos. Um padrão fixo que caberá para todos. Para o 1º, 2º, 3º e quantos mais vierem. Um padrão que entendemos ser o melhor. E cobramos, cobramos e não paramos de cobrar. Às vezes até dizemos que não cobramos, justificamos, mas, ah, lá no fundo, bem lá dentro, nós cobramos. E esquecemos de olhar o padrão de cada um deles com características únicas. Uns mais meigos, uns mais danados, uns mais tímidos outros mais expansivos, uns mais espertos, outros com um tempo próprio, uns dedicados, outros impacientes, uns contemplação, outros pura confusão. Cada um na sua. No seu jeito. Não são nossas pequenas cópias, não são nossos sonhos não realizados. São eles. E que maravilha que seja assim. São tão lindos. Que passemos nossos valores, lógico, esse é o nosso papel. Bondade cabe em qualquer lugar, honestidade, nem se fala, educação e gratidão também e por ai vai... o resto é aceitação de que nossos filhos, são eles, pessoas únicas, com vidas próprias, lindas com suas perfeições e imperfeições... e que assim seja!

Priscila Nagem


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